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Mineração Refino de Metais
ago 17, 2022

A transformação da indústria de aglomeração para a produção de “aço verde” já começou segundo especialistas da Metso Outotec

A companhia apresenta tecnologias que otimizam operações em plantas de pelotização que já são aplicadas ou que podem ser adotadas em curto prazo no Brasil.

A produção do aço verde é o futuro e a Metso Outotec já tem trabalhado em produtos inovadores que permitem esta transição para uma indústria completamente sustentável. Essa produção envolve atualmente a etapa de aglomeração, com destaque para a pelotização, ou seja, a produção de pelotas de minério de ferro usadas na fabricação direta do aço. No Brasil, que detém um dos maiores parques mundiais de produção de pellets (como também são chamadas as pelotas), as otimizações têm sido adotadas com tecnologias que aumentam a eficiência energética e reduzem as emissões de gases de efeito estufa, entre outros recursos.

É o caso do portfólio que vem sendo apresentado ao mercado local, com destaque para a recente ABM Week, evento da Associação Brasileira de Metalurgia e Mineração, realizado no começo de junho, em São Paulo. O rol de tecnologias envolve desde a implantação de dispositivos físicos como os queimadores que possibilitam uma grande redução da emissão de óxidos de nitrogênio (NOx), até a adoção de sistemas digitais de controle de processos, que monitoram aspectos de produção como o fluxo de gás e proporcionam uma operação mais eficiente.

Produtos plug & play podem ser adotados de imediato no Brasil

“Temos uma oferta de vários produtos que podem ser aplicados com dois objetivos principais: a obtenção de um processo neutro em carbono e a automação da planta”, explica Olavo Nolasco, um dos diretores da linha de Ferrous & Heat Transfer, da Metso Outotec. Baseado na Alemanha, o especialista é um dos profissionais envolvidos na divulgação das novas tecnologias no mercado brasileiro, considerado uma das vitrines mundiais pela importância do parque de pelotização instalado.

“Há aplicações que vão ser mais complexas como o uso do hidrogênio como combustível alternativo ao carvão vegetal em fornos de pelotização, mas temos soluções plug & play para queimadores com baixa emissão de óxidos de nitrogênio e que em breve serão operados com hidrogênio”, detalha. “É um recurso que elimina pelo menos 80% dessas emissões e pode ser ativado rapidamente”, completa. Já o conceito de resfriamento avançado permite a estabilização de um perfil para a produção de pelotas de alta qualidade, ao mesmo tempo em que melhora a utilização e a recuperação do calor do processo e, portanto, a eficiência energética.

Controle em tempo real com base em imagens das pelotas

No lado da automação, parte do mercado brasileiro adota recursos da Metso Outotec, caso do VisioPellet, sistema automatizado de controle do tamanho das pelotas antes de elas entrarem no forno. Com base na captura de imagens em tempo real, a tecnologia permite que as etapas de produção seguintes – caso da velocidade dos discos ou tambores de pelotização – sejam alinhadas com os dados de medição de tamanho, racionalizando, por exemplo, em tempo real, a taxa de alimentação.

A plataforma de controle de processos Optimus é outra solução viável em curto prazo e que já é usada em plantas brasileiras de produção de alumínio. “É um conceito de operar com planta autônoma e o software pode ser usado apenas para monitorar, permitindo uma visão da planta em tempo real, como também sendo um sistema semi-autônomo, com tomada de decisões”, explica Nolasco. O recurso, segundo ele, pode ser adotado para a automação completa da planta. 

Soluções sustentáveis e eficientes já existem para o mercado local

Ainda dentro de soluções de autonomia da planta, a Metso Outotec quer divulgar mais o Pellet Car Monitoring System, sistema de monitoramento dos carros de pelotização, ou seja, do sistema de transporte que conduz as pelotas ao longo do forno. Esse tipo de controle é feito manualmente ou de forma semi-autônoma, o que às vezes, resulta ser operacionalmente mais deficiente do que um sistema automatizado. 

“O mercado demanda soluções mais limpas e verdes, mas não pode pular etapas e aplicar - de uma hora para outra - tecnologias como a microgranulação e o uso de hidrogênio como combustível, desativando todos os processos existentes”, explica Nolasco. “É nessa transição que acreditamos que a Metso Outotec pode ser um grande parceiro, ao focar em produtos que podem ser adotados agora, com padrões sustentáveis, e ao mesmo tempo não exigem a reconfiguração das plantas”, finaliza.

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